É imprescindível estar presente nas redes sociais. Se você não tem um perfil aberto em, pelo menos, uma das inúmeras redes sociais existentes no momento, deduzo que há três opções para tal: ou você é uma pessoa muito desapegada (e eu te parabenizo muito por isso), ou você é um neandertal ou - infelizmente - você/sua empresa/sua marca não estão sendo vistos.

Eu, atualmente com 34 anos, faço parte da Geração Y - ou "Millenium" - e vi o processo tecnológico engatinhando até se tornar o que é hoje. Usei internet discada, conversei com amigos pelo MSN e estive no Orkut. Tive perfil no Facebook e tentei manter alguns canais no YouTube que não deram certo. 

De uns anos para cá, abandonei o Facebook (e muitos jovens e adolescentes assim o fizeram). De acordo com matéria publicada no g1 em julho de 2022, o Facebook perdeu 2 milhões de usuários mensais em todo o mundo no segundo trimestre daquele ano. O Insper (Instituição de ensino superior e pesquisa) publicou uma matéria - em agosto de 2022 - onde destaca que a "Geração Z" foi a que mais abandonou esta rede social. Um estudo feito nos estados unidos com jovens entre 13 e 17 anos mostrou que, em 2022, apenas 32% dos entrevistados usavam o Facebook. Entre 2014 e 2015, esse percentual era de 71%. Além de um ambiente tóxico, eu - particularmente - não tinha mais o mesmo engajamento de antes. Eu usava a rede social para conversar com os amigos, estar em contato com pessoas com gostos em comum em comunidades relacionadas à TV, música, celebridades, entre outros assuntos. Cheguei a ter uma repercussão interessante quando fazia postagens sobre moda entre 2014 e 2016, mas as quantidades de likes e comentários passaram a cair. Em 2018, decidi investir no Instagram, mas ainda não entendia bem a plataforma e também não haviam tantos recursos interessantes como atualmente existem. Eu usava meu perfil pessoal para postar fotos do dia-a-dia e paralelamente ia divulgando trabalhos, projetos e idéias. Tive que mudar. 

Mudar dá medo. Vem a insegurança, a síndrome do impostor, as incertezas e aquele "e se..." ou aquele "mas, será?" que perturba nossa mente e tira o nosso sono. Mas é preciso arriscar. E a gente sabe/sente quando chega a hora da mudança. E, pra mim, o tempo de mudar chegou OUTRA VEZ. 
Em 2024, comecei a desenvolver um projeto em vídeo no Instagram, onde publico reels sobre novos artistas e descobertas musicais (É possível ver os vídeos aqui). O engajamento oscila bastante. O maior número de visualizações está no vídeo em que falo sobre o cantor italiano Sangiovanni (atualmente com mais de 2000 views). Os demais ficam entre 300 e 500 views. 

Conversando com meu sobrinho (da geração Z), ele sugeriu que eu começasse a usar o TikTok, pois meu engajamento melhoraria e o conteúdo que produzo faria mais sucesso por lá. Então fui pesquisar sobre essa rede social e descobri números interessantes. 

De acordo com pesquisa feita em 2021 pelo NIC.br (o Comitê Gestor da Internet no Brasil) e publicada pelo AISEP Instituto de Psiquiatria-IPq-HCFMUSP, o TikTok é a rede social preferida de crianças e adolescentes. Dados mostravam que 48% dos entrevistados entre 11 e 12 anos estavam presentes nesta rede social, enquanto apenas 22% estavam no Instagram e 8% no facebook. Quando analisamos a inserção de usuários adultos, os números divulgados pelo Sebrae - em matéria de dezembro de 2021 - mostravam que 29,5% dos usuários tinham entre 20 e 29 anos, enquanto 16,4% tinham entre 30 e 39 anos, 13,9% estavam na faixa entre 40 e 49 anos e 7,1% tinha 50 anos ou mais. 

Análises mais recentes, como a publicada pela Forbes Brasil, mostra o TikTok como a rede social de marca mais valiosa do mundo em 2023. Atualmente, o Brasil tem 82,2 milhões de usuários com 18 anos ou mais, ocupa a terceira posição no ranking de países com o maior número de usuários e fica atrás apenas dos Estados Unidos (que contam com 113,3 milhões de usuários) e da Indonésia (com109,9 milhões). Os dados são da Data Reportal e foram publicados em matéria da EXAME. E as marcas já estão percebendo que a rede é um excelente espaço para divulgarem seus produtos, acercarem de seus consumidores e apresentarem suas novidades. Tanto é que a C&A Brasil firmou uma parceria com o TikTok e promoveu no fim de 2023 uma campanha que incentivava os clientes a irem até uma de suas inúmeras lojas para montar um look especial de fim de ano e postá-lo no TikTok, usando a hashtag #PresenteNaVtrineCeA , o áudio oficial da missão e marcando a página de C&A. Os melhores looks estamparam as vitrines das lojas ao redor de todo o país. Em matéria publicada também na EXAME, a diretora de marketing da C&A, Mariana de Aguiar Moraes afirma que o TikTok alia formatos promissores de conteúdo ao alcance de distintas gerações, por isso funciona como um termômetro em tempo real de tendências.
Eu estou migrando para lá depois de muita resistência. Ainda não tenho como mensurar os resultados, mas assim que puder fazer um balanço da repercussão dos meus conteúdos, eu faço outro artigo ou um post contando a experiência.

E você, já está lá? Sua marca e/ou empresa estão por lá?